terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Bate na madeira - curta sobre transtorno obsessivo compulsivo

Baseado em temas retirados de entrevistas com pacientes, "Touch Wood" (Bate na madeira) é um curta sobre a naturesa do Transtorno obsessivo compulsivo. O curta mostra um homem a se preparar para dormir, à noite. Ao invés de adormecer, ele passa horas conferindo luzes, portas e relógios, preparando obsessivamente a casa para a noite.

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

O casamento de Rachel - toxicodependência e cinema

Toda doença tem seu ganho secundário, isto é fato. O meu ganho secundário preferido ao ficar de cama é poder colocar em dia os filmes que assisto. Como semana passada fiquei em casa com dengue, deu para assistir um filme que há muito constava na minha lista: "O casamento de Rachel ou Rachel Getting Married".

O filme em questão, dirigido por Jonathan Demme e com Anne Hathaway e Debra Winger (grata surpresa), tem um aspecto de mockumentary, ou pretende ser um documentário fictício. Rachel é a irmã mais velha de Kym, uma usuária de drogas, e está para se casar. Devido ao fato, Kym pôde sair da clínica de recuperação para passar este fim de semana especial com a família. O filme, além de tentar ser "realidade", tem um ar experimental e sua grande força está na exploração dos sentimentos dos membros da família em relação ao retorno de Kym. Ela os magooou e mentiu a todos e é difícil voltarem a confiar nela. Além disso, Kym sente-se desconfortável no seu rótulo de "a de fora" e "difícil". Kym também sente muita culpa pelos traumas profundos que causou a todos, mas não vou me aprofundar nisto para não estragar a história.

O casamento de Rachel é sem dúvida um dos melhores filmes e representações que já assisti sobre os efeitos da toxicodependência nos membros da família. O filme tem um visual e uma história mais leve que os seus semelhantes e traz uma nota de esperança no final. Desta forma, fica aqui a recomendação para quem não assistiu ainda.

Foto: http://www.impawards.com/2008/rachel_getting_married.html

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Como uma dieta saudável pode se tornar um transtorno alimentar: ortorexia

É só abrir uma revista feminina e lá está o conselho, dizendo-nos o que devemos ou não comer e quais as últimas dietas da moda. Estudos recentes mostram, entretanto, que a última dieta da moda ou a obsessão por consumir apenas alimentos saudáveis pode estar a causar danos à saúde física e mental das pessoas. Já existe até um nome para este suposto transtorno alimentar: ortorexia.

Aparentemente aqueles que desenvolvem o transtorno tornam-se tão preocupados com a pureza daquilo que comem que se negam diversos grupos alimentares. Enquanto aqueles que apresentam anorexia nervosa restringem a quantidade do que comem, os que apresentam ortorexia são obcecados com a qualidade dos alimentos e eliminam de suas vidas itens como sal, açúcar, cafeína, álcool, trigo, glúten, fermento, soja e derivados do leite, além de qualquer alimento que contenha aditivos. Nos casos mais graves, a adesão rígida a estas regras leva o indivíduo a evitar comer em restaurantes ou na casa de amigos, colocando pressão nos relacionamentos sociais.
Aparentemente a ortorexia parece alinhar-se com as doenças do espectro obsessivo compulsivo, já que o objetivo não é a perda de peso, mas a qualidade dos alimentos. Além disso, pacientes com anorexia tendem a manter sua condição em segredo enquanto aqueles com "ortorexia" falam muito de suas dietas e fazem mesmo pregações aos conhecidos. Outra diferença parece ser a idade dos indivíduos afetados pela ortorexia: maiores de 30 anos, de classe média e em geral com bom nível de escolaridade. Em geral, eles passam horas lendo as últimas pesquisas sobre alimentos, peregrinam por lojas de comida saudável e passam muito tempo planejado seus menus.

O termo ortorexia nervosa foi cunhado em 1997 para descrever pessoas que desenvolvem uma fixação com alimentação saudável e embora seja referido em diversos sites e publicações como um transtorno mental não é um termo reconhecido medicamente.

Diagnóstico

Embora a ortorexia não seja um transtorno mental reconhecido pela CID-10 ou pelo DSM-IV e nem haja planos de incluí-la no DSM-V, alguns profissionais que trabalham com transtornos alimentares utilizam o termo para documentar os resultados da condição em seus pacientes.

Foto: http://www.metro.co.uk/lifestyle/852166-you-can-be-too-healthy

ResearchBlogging.org
Hepworth K (2010). Eating disorders today--not just a girl thing. Journal of Christian nursing : a quarterly publication of Nurses Christian Fellowship, 27 (3) PMID: 20632480

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Porque meu bebê chora quando saio? Ansiedade de separação

Você teve um bebê há pelo menos 6 meses e de repente parece que ele está grudado a você com supercola. Soa familiar? Provavelmente ele está começando a apresentar a famosa "ansiedade de separação". Neste post vamos explicar o porque isso acontece e como lidar com a ansiedade do bebê.

Porque o bebê se torna tão grudento?

Você se tornou a pessoa mais importane na vida do bebê e ele se sente seguro e feliz quando em sua compania. Quando ele era menor, você podia sair da sala que ele não notava: longe dos olhos, longe do coração. Agora, entretanto, que ele está um pouco maior, ele percebe quando você não está e fica chateado. Se o bebê a vê sair, ele não tem certeza que você vai voltar. No seu ponto de vista, você desapareceu completamente e nunca mais volta. Você sabe onde vai, o que vai fazer e quanto tempo vai demorar, mas ele não.

Quando o bebê crescer mais um pouco ele vai aprender que você sempre retorna quando sai da sala ou quando o deixa na creche-hotelzinho-etc; mas neste momento ele vai chorar todas as vezes que você vai-se embora. Psicólogos e especialista denominam esta síndrome de "ansiedade de separação".

Como lidar com isto?

A melhor forma de lidar com um bebê grudento é aceitar que esta é uma fase e que ele vai estar mais feliz se puder estar consigo enquanto você faz suas tarefas. Isto é mais fácil se você está a maior parte do tempo em casa. Se você já retornou ao trabalho ou tem que deixar o bebê com outra pessoa enquanto faz outras coisas, você terá pela frente despedidas difíceis.
Se você ignorar a necessidade do bebê de tê-la por perto, ele pode ficar ainda mais grundento e brincar menos tempo sozinho enquanto você desempenha suas tarefas.

Trabalhando em casa

Se você fica a maior parte do tempo em casa, pode ser fácil encaixar as necessidades do bebê com as suas. Posicione-o de forma que ele possa vê-la a trabalhar enquanto ele brinca. Se você tem que ir a outra parte da casa, leve-o consigo ou dê-lhe tempo para seguí-la engatinhando. Você pode ter um local em cada quarto no qual ele pode brincar alegremente: a cadeirinha na cozinha, um tapete de brincar na sala de estar, uma seleção de brinquedos no quarto e brinquedos de banho e esponjas no banheiro.
Deixando seu bebê para ir trabalhar

A correria frenética de arrumar tudo para ir trabalhar, organizar as coisas do bebê para a creche ou hotelzinho e de sair de casa na hora certa é um trabalho árduo. Ela torna-se ainda mais difíci se o bebê fica muito triste quando você sai.
Você pode se sentir dividida entre confortá-lo e saber que já deveria ter saído. Saber que vai deixá-lo com outra pessoa "especial", a qual ele gosta e confia ajuda. Talvez ele tenha uma "professora" ou "cuidadora", um familliar ou amigo com a qual seu bebê goste de passar tempo. Ele pode ainda estar chateado quando você se vai mas se ele tem esta pessoa, ele vai acalmar logo depois de você sair.
Muitos pais que deixam um bebê gritando para trás sentem-se ansiosos e culpados... apenas para descobrir que ele está brincando feliz e satisfeito 5 minutos após ter sido deixado. Ligue para a creche ou cuidador assim que chegar ao trabalho para ficar mais relaxada. Se o bebê não se acalma, talvez seja recomendável repensar a creche ou cuidador, para garantir-lhe paz de espírito.

Olás e até-logos

Se você marcar o fim de cada separação com uma frase como "A mamãe voltou!" ou similar, você ajudará seu bebê a aprender que você sempre voltará para ele.

Perdendo a paciência

Pode haver horas em que a necessidade constante de atenção do bebê pode ficar "demais"; você nem mesmo consegue ir ao banheiro em paz! Se notar que está impaciente ou irritada, pode ajudar pensar a situação do ponto de vista do bebê: ele a ama intensamente e é realmente importante para ele que esteja por perto. Lembre-se, ele não vai agir assim para sempre, esta fase logo passará.

Foto: http://www.theparentszone.com/infants/infant-separation-anxiety-is-common-in-the-developmental-phase/

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