domingo, 20 de fevereiro de 2011

O casamento de Rachel - toxicodependência e cinema

Toda doença tem seu ganho secundário, isto é fato. O meu ganho secundário preferido ao ficar de cama é poder colocar em dia os filmes que assisto. Como semana passada fiquei em casa com dengue, deu para assistir um filme que há muito constava na minha lista: "O casamento de Rachel ou Rachel Getting Married".

O filme em questão, dirigido por Jonathan Demme e com Anne Hathaway e Debra Winger (grata surpresa), tem um aspecto de mockumentary, ou pretende ser um documentário fictício. Rachel é a irmã mais velha de Kym, uma usuária de drogas, e está para se casar. Devido ao fato, Kym pôde sair da clínica de recuperação para passar este fim de semana especial com a família. O filme, além de tentar ser "realidade", tem um ar experimental e sua grande força está na exploração dos sentimentos dos membros da família em relação ao retorno de Kym. Ela os magooou e mentiu a todos e é difícil voltarem a confiar nela. Além disso, Kym sente-se desconfortável no seu rótulo de "a de fora" e "difícil". Kym também sente muita culpa pelos traumas profundos que causou a todos, mas não vou me aprofundar nisto para não estragar a história.

O casamento de Rachel é sem dúvida um dos melhores filmes e representações que já assisti sobre os efeitos da toxicodependência nos membros da família. O filme tem um visual e uma história mais leve que os seus semelhantes e traz uma nota de esperança no final. Desta forma, fica aqui a recomendação para quem não assistiu ainda.

Foto: http://www.impawards.com/2008/rachel_getting_married.html

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