domingo, 8 de novembro de 2009

Drogas estimulantes

Produzem efeitos semelhantes aos do Sistema Nervoso simpático (adrenalina):

Aumentam a ­frequência cardíaca e pressão sanguínea, dilatam as pupilas e ­ aumentam a excitação comportamental, cortical e fisiológica.
Estrutura e estereoquímica semelhante a compostos endógenos.
Ex: Cocaína, Anfetaminas , Cafeína, Nicotina.

Cocaína




Extraída das folhas do arbusto Erythroxylon coca, que cresce nas montanhas do Peru, Colômbia e Bolívia.
Administração: mascada (só na América do Sul), inalada, fumada, iv.


Meia-vida: 15 a 90 minutos

Propriedades estimulantes e de anestésico local levaram ao seu uso terapêutico.

Integrou a composição de bebidas estimulantes.

Freud explorou a sua vertente psicotrópica (tornou-se ele próprio dependente).

Cerca de 11% da população dos EUA já experimentou cocaína







Modo de ação

Bloqueia a recaptação de Dopamina (DA), serotonina (5-HT) e noradrenalina (NE).
Age sobre os receptores 5-HT e mAch (especialmente 5HT3)
Bloqueia canais de sódio (razão pela qual tem propriedades anestésicas)
Efeitos na via mesolímbica e córtex frontal
Adictiva:
Dependência (ciclos de 10-12 dias)

Consequências

Aumento do consume de precursor de dopamina – leva a depressão de células dopaminérgicas. A dopamina é geralmente reabsorvida e re-armazenada. O uso de cocaína faz com que aumente a produção de novo deste neurotransmissor.

Efeitos subjectivos

Após uma dose
Euforia, aumento da energia, auto-confiança e líbido
Maior sociabilidade, vigilância
(fumada, 5-10 minutos; inalada, 15-30 minutos)

Uso crônico
Irritabilidade, exaustão, diminuição da líbido,  delírios, discurso incoerente

Efeitos fisiológicos

Alívio da fadiga
Aumento da­ frequência respiratória, frequência cardíaca e­ pressão sanguínea (vasoconstrição)
­ Dilatação da pupila
Anestesia local

Consequências eventuais:

Risco de acidente vascular cerebral (AVC)
­ Risco de infarto
­ Convulsões (estimulação SNC)
­ Perfuração do septo nasal
­ Risco de infecções pelo uso da via endovenosa

Efeitos comportamentais

Ativação locomotora (em doses baixas: via núcleo accumbens, receptores D1 e D2)
Em doses altas: estereotipias (vias não dopaminérgicas)

Efeitos cognitivos

Pior desempenho de tarefas de destreza manual, resolução de problemas, memória verbal e não-verbal
Efeitos relacionados com quantidade de cocaína e tempo desde a última toma

Doses elevadas - Problemas clínicos:

Toxicidade cardíaca
Toxicidade vascular
Desordens comportamentais e psiquiátricas:
Tolerância (associada a disforia)
Progresso para psicose paranóide

Causas de morte:

Convulsões
AVC (hemorrágico ou isquémico)
Ataque cardíaco


Anfetaminas



Compostos sintéticos
Administração: oral, inalação, fumada (metanfetamina), ou EV
Metabolismo: hepático, lento
Meia-vida: 7 a 30 horas
Sintetizadas no sec. XIX para terapia da asma (com o objetivo de substituir a efedrina).
Pico de consumo nos anos 70
Substituída por cocaína e metanfetamina

Agonista indirecto do sistema de catecolaminas do estriado
­ Libertação de catecolaminas, bloqueiam a recaptação de DA, 5-HT e NE e inibem a acção da Monoamino oxidase (MAO)
Entra no neurónio por difusão na membrana.
Aumenta o consumo de glicose no cérebro
Obriga a liberação de dopamina armazenada nas vesículas

Efeitos na via mesolímbica: Dependência (sintomas psico-somáticos)

Efeitos subjectivos

Após uma dose
­ Vigilância, excitação, aumento da auto-confiança, aborrecimento, diminuição da fadiga

Uso crónico
Irritabilidade , sensibilização psico-motora, tolerância aos efeitos anorexiantes, psicose da anfetamina

Efeitos fisiológicos

Aumento da frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão sanguínea, taxa metabólica e consumo de oxigênio. Melhora dos desempenhos atléticos (dopante).
Reduz (ou encurta) o início e duração do sono (principalmente fase REM)

­ Consequências eventuais

Maior risco de AVC, infarto cardíaco, convulsões (estimulação SNC) e de infecções via endovenosa

Efeitos comportamentais

Ativação locomotora
Estereotipias (ativação extra-piramidal, com inibição da MAO, doses maiores). Aumentam o sinal em redes neuroniais do estriado.

Efeitos cognitivos

Melhor desempenho de tarefas psicomotoras repetitivas

Uso crônico: Efeitos da abstinência, letargia, diminuição da capacidade de concentração, ansiedade, hipersonolência, desejo de consumir a droga. Proporcionais à duração e grau de uso.

Doses elevadas - Problemas clínicos:

Toxicidade cardíaca
Toxicidade nigro-estriatal (DA) e 5-HT
Desordens comportamentais e psiquiátricas:
Tolerância (associada a disforia)
Progresso para psicose paranóide.

Causas de morte:


Taquicardia
Hipertensão
Convulsões
AVC, ruptura de aneurisma arterial (EV)
Rabdomiólise
Falência renal
Coma

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