Princípios da supervisão em psiquiatria
Definições e princípios da supervisão
Supervisão clínica e educacional: processo formal de aprendizado e suporte profissioinal que permine ao indivíduo desenvolver conhecimento, competências e a assumir responsabilidade.
Supervisão clínica – supervisão ativa do trabalho clínico diário, garantindo que as decisões clínicas são seguras e apropriadas.
Supervisão educacional – o treino e a menção do trabalho do residente são o focus. Pode envolver casos clínicos como base da demonstração e aprendizado.
Objetivos da supervisão
• Identificar soluções para problemas clínicos
• Melhorar o standard
• Aprimorar o entendimento de problemas profissionais
• Aprimoramento da prática clínica do interno/residente
• Desenvolver habilidades e conhecimento
Responsabilidades do supervisor
• Agir como um mentor
• Estabelecer objetivos de aprendizado e monitorizá-los
• Dar feedback construtivo
• Estar envolvido na avaliação do residente/interno
Como estabelecer uma supervisão adequada – 1 hora de sessão de supervisão todas as semanas
• 10 minutos para revisar problemas levantados em sessões prévias para avaliar se melhorias foram implementadas
• 40 minutos para levantar problemas e assuntos a serem discutidos
• 10 minutos para resumir e anotar pontos principais da sessão
Conteúdo da sessão de supervisão
• Manejo clínico
• Experiência de ensino do residente/interno
• Experiência com pesquisa/investigação clínica
• Necessidades, gerência e atenção ao residente/interno
Princípios do feedback
Propósito – permitir que o residente/interno tenha insight sobre seu progresso e comparar o que era esperado dele e o resultado atingido realmente
Princípios gerais
Ende, 1983
• Supervisor e interno/residente devem trabalhar como aliados em direção a objetivos comuns
• O feedback deve ser planejado e esperado
• O feedback deve ser dado dentro da estrutura da sessão de supervisão
• O feedback deve ser sobre comportamentos específicos e observáveis, não performance em geral
• O feedback deve ser dado em uma linguagem descritiva e sem julgamentos
• O feedback deve ser limitado a decisões ou atos observáveis
Heirson & Little, 1998
• Clima amistoso, de respeito mútuo e de mente aberta
• Deve-se provocar o pensamento e sentimentos antes de ser dado
• Sem julgamentos
• Focar-se me comportamentos
• Fatos observáveis
• Sugerir ideias para melhorar a performance
• Basear o feedback em objetivos negociáveis e claramente definidos
Modelos de feedback
Regras de Pendleton
• O supervisor brevemente clarifica o assunto do dia
• O residente/interno fala primeiro e discute o que foi bem sucedido
• O supervisor discute o que foi bem sucedido em seu ponto de vista
• O residente/interno descreve o que poderia ter sido feito de forma diferente e propõe sugestões para mudança
• O supervisor faz o mesmo
Problemas : formato estricto, bons pontos versus maus pontos e o residente/interno pode ficar defensivo
Modelo Calgary-Cambridge
• A sessão inicia-se com a discussão da agenda do residente/interno
• O resultado que o residente busca atingir é discutido
• O residente passa a auto-avaliação e resolução de problemas ao dizer como a tarefa foi desenvolvida
• O supervisor dá feedback dentro do princípio SET-GO ( vide abaixo)
• O supervisor resume as habilidades necessárias para atingir o objetivo
Princípio SET-GO
• O que vi (SAW) – o supervisor descreve o que viu
• O que mais você notou (what ELSE) – o residente faz o mesmo
• O que você pensa sobre o assunto (THINK) – o supervisor reflete sobre o assunto
• Quais objetivos a se atingir (GOALS)
• OFERTAS (sugestões) sobre como atingir os objetivos
Feedback verbal
Sempre sobre comportamentos específicos e observáveis, deve evitar julgamentos em comentários ou linguagem
Benefícios do feedback
Promove a competência (Rolle & McPherson, 1995) e ajuda a promover o aprendizado
Cartoon: http://alchemist.excessivelydangerousthing.com/webcomic.pl?comic=16
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial