segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Notícias em psiquiatria

Do clippling de noticias da ABP

Saúde masculina é mais frágil, aponta publicação de Harvard
"Harvard Men’s Health Watch" aponta motivos comportamentais e biológicos que tornam os homens mais vulneráveis
Veículo: Abril.com
Seção: Ciência e Saúde
Data: 07/01/2010

Estudo diz que antidepressivos são ineficazes em muitos casos
Dados fornecem uma explicação provável para falta de consenso sobre eficácia de drogas em geral
Veículo: Diário de Pernambuco
Seção: Mundo
Data: 06/01/2010

Drogas contra depressão são pouco eficazes em caso leve a moderado
Nova investigação é a primeira a analisar as respostas de centenas de pessoas em tratamento de sintomas moderados
Veículo: O Globo Online
Seção: Viver Melhor
Data: 07/01/2010

NOVA YORK - Algumas drogas amplamente receitadas para aliviar os sintomas de depressão não são mais eficazes do que placebos na maioria dos casos, segundo uma nova pesquisa publicada na revista da Associação Médica Americana.
Os resultados do estudo, realizado nos EUA, podem ajudar a esclarecer o longo debate sobre o uso de antidepressivos, embora os autores não afirmem que esses medicamentos são inúteis para indivíduos com depressão moderada a grave. Porém, a nova investigação é a primeira a analisar as respostas de centenas de pessoas em tratamento de sintomas moderados.
- O estudo pode diminuir o entusiasmo com relação a antidepressivos, o que pode ser uma coisa boa - diz o psiquiatra Erick H. Turner, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon. - As expectativas das pessoas para as drogas não serão tão elevadas, e os médicos não serão surpreendidos se não conseguirem curar todos os pacientes com medicamentos.
Foram revistos seis grandes estudos sobre o tema
Mas Turner diz que os resultados não devem desestimular pacientes, a ponto de se recusarem a tentar tratamento com esse tipo de droga. A equipe - incluindo psicólogos que defendem a terapia e médicos ligados a fabricantes de medicamentos - avaliou seis grandes estudos clínicos, feitos com 728 homens e mulheres; metade deles com depressão grave e a outra parte com sinais moderados.
Três dos ensaios foram com o Paxil, da GlaxoSmithKline, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI, sigla em inglês), como o Lexapro e o Prozac etc, e os outros três com imipramina, genérico mais antigo da classe dos triíclicos. O grupo, liderado por Jay C. Fournier e J. Robert DeRubeis, da Universidade da Pensilvânia, descobriu que, comparados com placebos, as drogas causaram alívio mais acentuado nos sintomas de depressão grave, com pontuação de 25 ou mais na escala padrão de gravidade. Pacientes com pontuação inferior a 25 tiveram pouco ou nenhum benefício adicional.

Uma pequena observação: com este novo estudo, ninguém inventou a roda. Desde 2005 ouço falar de estudos que demonstram a ineficácia de antidepressivos em quadros leves a moderados. Este estudo apenas parece corroborar diversos achados no mesmo sentido. Quando se fala em ineficácia, na verdade está a se dizer que o efeito dos antidepressivos nesses quadros depressivos é semelhante ao do placebo, ou seja, não se pode descartar melhora por sugestão.

Os antidepressivos continuam muito bem indicados em quadros depressivos moderado-grave a graves e devem ser tomados adequadamente quando prescritos.

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