terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A heroína mais perto do Brasil

Entender a questão do tráfico e uso de drogas é complexo. O uso de drogas é multifatorial e pode ser traçado até 5000 antes de Cristo, quando babilônios maceravam a papoula para fazer bolos e obter maior prazer sexual. O uso excessivo de álcool é descrito na Bíblia: Noé era alcoolista e isso o colocou em uma posição vulnerável para ser abusado por um de seus filhos.

A questão do porque no Brasil se usa o crack e em Portugal, por exemplo, a heroína domina o cenário também tem a ver com a lei da oferta e procura. A heroína na Europa é muito mais barata do que no Brasil, que faz fronteira com a Colômbia e inunda o país com cocaína e crack de qualidade. Já na Europa, a heroína vem através dos países mediterrâneos (Portugal, Espanha, Turquia), provida pelos países do norte da África. Com o baixo custo há maior incentivo ao uso. Para entender o mercado da droga, há que se entender também um pouco de logística e marketing: gerações que cresceram a testemunhar a devastação que uma droga específica causou na geração anterior (por exemplo, a heroína na geração européia dos anos 80) são menos propensos a usar esta droga. Daí a inovação constante no mercado da droga, com a criação do crack nos anos 80 e das drogas sintéticas (ecstasy) recentemente, estas últimas vendidas como "inócuas" à geração das raves.

Entender isso é importante para se preocupar com o vídeo abaixo. Nele, investigadores americanos mostram os campos de papoula da Colômbia, que tem diversificado sua produção. Com a heroína tão perto do Brasil, o preço deve cair. Como nunca tivemos uma epidemia de consumo da heroína, a população brasileira é de certa forma "virgem" à este produto e um grande mercado potencial.

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